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Para dar resposta a este problema era necessário ultrapassar vários desafios:
Naturalmente, estes desafios não são fáceis de resolver num curto espaço de tempo, mas dada a nossa capacidade e experiência técnica, o período de duas semanas pareceu-nos razoável para o desenvolvimento. Acabámos por demorar aproximadamente três semanas com o projeto, mas foi completado com sucesso.
A solução passou por criar um sistema de entrada de dados (input) muito simples e, acima de tudo, independente de qualquer outro programa. A ideia era que alguém pudesse recriar este modelo facilmente de forma isolada, sem necessitar do CSiBridge, mas que também fosse relativamente fácil gerar esses mesmos dados usando o CSiBridge.
Definiu-se então que os dados deveriam ser criados no Excel em duas folhas. Note-se que estas tabelas nas folhas não necessitam de estar em nenhuma localização especifica. Podem estar em qualquer lado, bastando que os títulos das tabelas sejam os esperados.
Folha 1 – O Layout da ponte e vãos
Nesta folha existem várias tabelas e variáveis que podem ser copiadas e coladas diretamente do CSiBridge, ou definidas manualmente:
Initial Station - coordenadas do ponto onde começa o traçado da ponte.
Initial Grade % - Inclinação inicial do traçado altimétrico.
Superelevation (opcional, não necessita de estar definida) - Tabela com pontos de definição de sobrelevação da secção do tabuleiro.
Horizontal Layout Data - tabela com definições dos pontos notáveis da definição do traçado planimétrico, assim como a tipologia de curva entre pontos. Adotou-se um conjunto de designações tipificadas no CSiBridge.
Vertical Layout Data - tabela com definições dos pontos notáveis da definição do traçado altimétrico, assim como a tipologia de curva entre pontos. Adotou-se um conjunto de designações tipificadas no CSiBridge.
Bridge Object Span - tabela com definições das secções em cada vão.
Bridge Object Span Lengths - tabela com definições dos km e desenvolvimentos de cada vão.
Bridge Object Skews (opcional, não necessita de estar definida) - tabela com definições dos ângulos das secções nos apoios quando não são perpendiculares ao traçado.
Folha 2 – As Deck Sections
Nesta folha basta definir uma tabela por cada secção típica do tabuleiro. As secções são definidas aqui com a filosofia do CSiBridge, onde se define uma coordenada de referência no plano XY da secção que é o ponto de inserção na linha do traçado, e depois basta criar uma lista de pontos sequenciais que representam polígonos, adicionando uma informação sempre que um novo ponto corresponde a um novo polígono e a um novo material.
Deck Section - tabela com definição geométrica da secção.
A aplicação desktop foi desenvolvida para ser executada numa plataforma Windows, e usa várias tecnologias proprietárias na CSI Portugal / España para visualização e interação com o Excel. Todas estas tecnologias foram criadas de raiz pela CSI Portugal / España, com bastante ênfase nos motores de CAD e visualização 3D.
A aplicação apenas funciona em três passos:
Passo 1 - O utilizador faz “Copy” à folha de input 1 e pressiona o botão “Paste Data from Excel”.
Neste passo, é criada uma visualização planimétrica do traçado da ponte, que pode ser usada como um mini explorador de CAD.
Passo 2 - O utilizador faz “Copy” à folha de input 2 e pressiona de novo o botão “Paste Data from Excel”.
Neste passo, é criada uma visualização volumétrica em 3D do tabuleiro da ponte para se poder visualizar e manipular a perspetiva.
De referir que se podem gerar secções de qualquer tipo e visualizar as mesmas na interface da aplicação:
Passo 3 - O utilizador pressiona o botão “Export IFC” e são gerados três ficheiros:
2. Um modelo 3D DXF do tabuleiro para verificação mais simples de coordenadas. Aqui visualizado na aplicação LusoCAD.
3. Um ficheiro de texto com o relatório da volumetria de materiais. Em baixo, um exemplo:
C30/37 Volume = 660.082252222568 L^3
S355 Volume = 26.1855739142092 L^3
S450 Volume = 4.61199010549702 L^3
Parece-nos importante partilhar com a comunidade de engenharia que quem se dedica a software científico para estruturas pode gerar soluções que aparentemente parecem à partida muito difíceis do ponto de vista técnico e do ponto de vista temporal. É importante haver mais diálogo entre os projetistas e as empresas que fornecem software. Nós gostamos de desafios técnicos e científicos…
O testemunho do cliente é inequívoco:
“Graças ao desenvolvimento do software feito pela CSI España, foi possível entregar os modelos finais para o projeto, com as especificações necessárias, que de outra forma teria sido totalmente impossível.”
Ing. Ferran Valdes - Ofep S.A.