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O comportamento sísmico do sistema pilar-laje não está ainda totalmente esclarecido pelos atuais regulamentos, pelo que não se recomenda a utilização deste sistema como primário. Concluindo, devemos considerar o sistema pilar-laje como sistema sísmico secundário.
Podemos assim criar um modelo para dimensionamento sísmico no qual desprezamos a contribuição deste sistema pilar-laje, articulando as extremidades dos pilares em causa. Contudo, temos que prevenir a rotura frágil da laje fungiforme por punçoamento excêntrico sobre os referidos pilares.
Alguma bibliografia sugere o dimensionamento das lajes fungiformes em ductilidade de forma a promover a formação das rótulas plásticas nos pilares. No entanto, na maioria dos casos o momento resistente do pilar associado ao esforço axial relativo às cargas quase permanentes é demasiado elevado, tornando este tipo de dimensionamento inviável.
Solução:
Utilizar o SAP2000 ou o ETABS para definir os seguintes sub-modelos:
a) Modelo para dimensionamento de elementos sísmicos primários
b) Modelo para dimensionamento de elementos sísmicos secundários (*)
c) Modelo com rigidez bruta para as restantes análises
(*) NOTAS:
Utilizar o sub-modelo b) considerando um coeficiente de comportamento = 1 para dimensionar os elementos sísmicos secundários. Desta forma, garantimos o dimensionamento destes elementos para os esforços associados às deformações máximas induzidas pelo sismo.
Devemos também aproveitar este sub-modelo para verificar se o sistema pilar-laje pode ser considerado como secundário (a contribuição dos elementos sísmicos secundários não deve ser superior a 15% da dos elementos primários).
Veja o vídeo sobre a análise sísmica de um edifício, de acordo com o Eurocódigo 8, recorrendo a sub-modelos.